Nos últimos tempos, os relacionamentos abertos têm ganhado cada vez mais popularidade como uma alternativa aos padrões tradicionais de monogamia. Caso você que começou a ler este artigo ainda não saiba o que é ter um relacionamento aberto, vou te explicar de maneira bem prática e resumida – O relacionamento aberto consiste em permitir que os parceiros explorem conexões românticas e sexuais fora do relacionamento principal, com o objetivo de buscar liberdade e diversidade nas relações amorosas. Saiba que embora o relacionamento aberto possa funcionar para algumas pessoas, é extremamente importante compreender que ele também pode apresentar perigos e desafios significativos.
E neste artigo eu vou falar sobre alguns destes perigos associados a ter um relacionamento aberto, a fim de fornecer insights valiosos para aqueles que estão considerando essa opção e ajudá-los a tomar decisões informadas sobre suas vidas amorosas.
– Quebra de confiança e ciúmes
Um dos maiores desafios dos relacionamentos abertos é a quebra de confiança. Embora ambos os parceiros concordem em explorar outras conexões, a introdução de terceiros na relação pode gerar insegurança e ciúme. Sentimentos de posse e medo de perder o parceiro podem emergir, causando tensão e ressentimento entre os envolvidos. A confiança, que é a base de qualquer relacionamento saudável, pode ser abalada quando um parceiro se sente negligenciado ou desvalorizado devido às relações paralelas. Essa quebra de confiança pode levar a problemas de comunicação e, eventualmente, ao colapso do relacionamento.
– Risco de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
Outro perigo significativo de ter um relacionamento aberto é o risco aumentado de contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Mesmo com o uso de preservativos e práticas sexuais seguras, a exposição a múltiplos parceiros aumenta a probabilidade de adquirir algum tipo de infecção (até porque o preservativo não tem um alcance de proteção de 100%, ou seja, ele não protege contra certos tipos de ISTs, como por exemplo: o HPV, Hepatite e Herpes). Sendo assim, quanto maior o número de relações sexuais com pessoas diferentes, maior o risco de adquirir algum tipo de infecção. Quem vê cara não vê doença! Não está estampado na testa da pessoa se tem ou não algum tipo de doença ou infecção sexualmente transmissível.
Outra informação a ser mencionada neste artigo é sobre a possibilidade de, ocasionalmente, um parceiro negligenciar medidas de proteção ou se envolver em comportamentos de risco sem o conhecimento do outro, colocando ambos em perigo. A preocupação com a saúde e a necessidade de monitorar regularmente a presença de ISTs podem criar ansiedade e estresse emocional.
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– Desigualdade de envolvimento
Nos relacionamentos abertos, pode haver desigualdade no envolvimento com outros parceiros. É possível que um parceiro se sinta mais confortável ou mais habilidoso em estabelecer conexões externas do que o outro. Essa discrepância pode levar a sentimentos de injustiça e ressentimento. Além disso, um parceiro pode começar a experimentar uma conexão mais forte com um terceiro, o que pode desequilibrar a dinâmica do relacionamento original, podendo causar baixa autoestima, insegurança ou até mesmo ciúme por parte de um dos parceiros (tenha claro que estamos falando de seres humanos, o que significa que são imprevisíveis). A desigualdade de envolvimento pode levar a uma sensação de abandono ou exclusão por parte de um dos parceiros, causando sofrimento emocional e prejudicando a relação.
– Dificuldades de comunicação e expectativas não atendidas
A comunicação aberta e honesta é fundamental em qualquer relacionamento, mas se torna ainda mais importante em um relacionamento aberto. No contexto de um relacionamento aberto, a comunicação eficaz é essencial para estabelecer limites claros, compartilhar necessidades e desejos, e lidar com os desafios emocionais que possam vir a surgir. No entanto, pode ser difícil para os parceiros expressarem seus sentimentos de maneira aberta e honesta, principalmente quando se trata de ciúme, insegurança ou desconforto com as relações paralelas. Além disso, expectativas não atendidas podem levar a conflitos e desentendimentos. Um parceiro pode esperar mais envolvimento emocional ou dedicação do outro, enquanto o outro pode desejar mais liberdade ou espaço. A falta de clareza nas expectativas pode levar a decepções e frustrações, minando gradualmente o relacionamento.
– Impacto emocional e instabilidade emocional
Os relacionamentos abertos podem ser emocionalmente desafiadores para algumas pessoas. A ideia de compartilhar o parceiro com outras pessoas pode causar insegurança, ansiedade e baixa autoestima. Além disso, as emoções podem se intensificar quando um dos parceiros desenvolve um forte vínculo emocional com um terceiro. Sentimentos como rejeição, inadequação e / ou abandono podem surgir (isto é mais comum do que se pensa entre casais que decidem abrir o relacionamento), levando a uma diminuição da autoconfiança e da satisfação no relacionamento. A instabilidade emocional pode se tornar uma característica predominante, afetando a felicidade e o bem-estar geral dos envolvidos.
Por fim, quero dizer que embora os relacionamentos abertos possam funcionar para algumas pessoas, é importante estar ciente dos perigos e desafios associados a esse tipo de arranjo. A quebra de confiança, o ciúme, o risco de ISTs, a desigualdade de envolvimento, as dificuldades de comunicação e as expectativas não atendidas podem desgastar um relacionamento ao longo do tempo. É fundamental que os parceiros estejam dispostos a investir tempo e esforço na construção de uma base sólida de confiança, comunicação aberta e respeito mútuo para minimizar esses perigos.
Antes de optar por um relacionamento aberto, é muito importante ter conversas honestas e profundas sobre os desejos, limites e expectativas de cada parceiro. É necessário considerar cuidadosamente se ambos estão preparados emocionalmente para lidar com os desafios que possam surgir e amadurecer bem a ideia antes de tomar a decisão de abrir o relacionamento. Além disso, estabelecer regras e um compromisso contínuo de cuidar das necessidades emocionais e físicas de cada parceiro pode ajudar a mitigar os perigos envolvidos.
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